Preocupe-se.
Profunda dor que assola meus nervos:
que tu amplies o prazer da morte que me espreita.
Que sejas algo revigorante ao perecer do corpo
e inspirador ao espírito na transgressão.
E as facas que o desamor jogara talharam minha carne
como se as palavras que eu jogara no papel
rasgassem-no pela força que as escrevi
e na madeira também ficassem lembradas.
Quando vieres em outro amanhã tão sem luz quanto esse
Dar-te-ei meu corpo outra vez, e sangre-o e despedace-o
até que santificado eu esteja para receber o amor.
Ou então, apresente a serventia como fizestes algum dia:
deixe quem me amar preocupada
e faça me apaixonar mais ainda por ela.
Jaciara Macedo posted on 1 de agosto de 2010 às 17:54
Extremamente lindo. A dor serve para despertar e fazer você se lembrar de quem você é. Beijos, coração.
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