domingo, 12 de dezembro de 2010

Minha morte lenta.

Escrevo pra simplificar, mas complica pra todo mundo. Os duplos, triplos, infinitos sentidos já me agradaram, mas agora, essa complexidade viciosa começou a me fazer mal. Lirismo doentio. Boemia doentia. A vida morre pro verso nascer vivo e fui ficando bom em fazer uma coisa que nunca pensei que faria: disfarçar a dor. Meu sorriso é a face da tristeza; minha voz é o som da solidão. E a cada linha que escrevo, as coisas só pioram. Dependo de escrever pra existir, agora, e escrever vai me matando. Mas eu amo morrer essa morte lenta e dolorosa, esse coito que me lembra você e seu amor que mal conheço mas quero tanto ter. Por isso escrevo.

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